POSTAGEM DEDICADA AOS ALUNOS DA TURMA 1002, DO CIEP 410
Já iniciamos os nossos estudos sobre Quinhentismo, o primeiro movimento literário ocorrido no Brasil. Para começarmos a nossa discussão, inseri o assunto sobre “clichê”, cujo significado pode ser consultado neste link: Dicionário Informal.
A partir dessa entrada, pretendemos relacionar o significado dessa palavra com as primeiras manifestações literárias ocorridas no Brasil, cujos exemplos podemos encontrar nos dias de hoje.
O segundo passo partiu da exibição do vídeo sobre a participação do Comitê Olímpico Rio 2016 na cerimônia de encerramento das Olimpíadas 2012, ocorrida em Londres. Para assistir, basta clicar no link abaixo:
Apresentação Rio 2016 – Encerramento Londres 2012
O interesse pelo vídeo é perceber como existem “imagens” já prontas sobre o Brasil, com o objetivo de fazer propaganda para que o mundo todo tenha uma noção de que tipo de país nós vivemos. Vejam: é uma descrição sobre o Brasil, não para os brasileiros se reconhecerem, mas para os estrangeiros saberem como nós somos. Aí, então, surge a pergunta que não quer calar: quantos clichês sobre o Brasil existem nessa apresentação em Londres? Pense rápido!
Bom, essas tendências já fazem parte desde que o Brasil foi “descoberto” pelos portugueses, ou seja, em todo o momento da nossa história, nós somos descritos do ponto de vista do estrangeiros e muitas vezes nós mesmos não procuramos saber quem somos nós. Um bom exemplo histórico é o mapa que se encontra na página 141 do livro. Bateu aquela preguiça de abrir o livro e ver a figura que está lá? Está bem: é só olhar a figura abaixo:
No mapa acima, é só perceber um pouco como os portugueses viam o Brasil, cujas informações eram levadas para a Corte, em Portugal, a fim de informar o que aqui havia de interessante: os recursos naturais e os índios. Qual era, então, o objetivo de Portugal, pelo Brasil naquela época? Nem te conto!
Na página 142 do livro, lemos um dos documentos que descrevem o recém descoberto país, localizado no Novo Mundo (como era chamada a América na época) e que deixa clara a intenção de investir na presença dos portugueses no Brasil.
Como o Quinhentismo no Brasil ocorreu apenas com a publicação dos primeiros documentos escritos aqui, no século XVI, então é comum distinguir dois tipos de literatura ocorrida nesse período. Um deles é a literatura informativa (p. 143), que tem como um dos exemplos mais conhecidos a Carta de Pero Vaz de Caminha, que chegou junto com Pedro Álvares Cabral. No livro, fala-se de outros tipos de literatura informativa [vai lá rapidinho e descubra quais são]. O segundo tipo é a literatura jesuítica (p. 150), cujo objetivo era divulgar a fé cristã aos índios. Esta literatura mostra muito bem como os colonizadores procuravam exercer seu domínio cultural e econômico sobre os povos dominados.
Atualmente, há um sentimento de refletir, pelo menos criticamente, um pouco mais sobre esse momento da história do Brasil. Dentre as formas de crítica mais conhecidas está o tratamento que os índios receberam dos exploradores, e recebem até hoje, fruto de uma absoluta falta de consideração por aqueles que, por direito, deveriam ser os verdadeiros donos da terra.
Destaquei dois exemplos da música brasileira contemporânea sobre essa visão crítica de que citei. As músicas se chamam “Índios”, do Legião Urbana, e “Índio”, do Farofa Carioca. Como sugestão de um dos colegas, coloco à disposição o link das letras e das músicas, respectivamente:
Existe, por outro lado, uma abordagem bem humorada sobre o descobrimento do Brasil e como as coisas são decididas hoje em dia de acordo com os interesses particulares de quem está no poder. Vale a pena dar uma lida. O link é do site da “Revista Piauí”, uma revista especializada em críticas bem humoradas sobre o que acontece no Brasil.
Cabral descobre o Brasil – Revista Piauí
Espero que gostem.
Um forte abraço.